História - Prefeitura de MossoróA história da cidade de Mossoró, hoje conhecida nacionalmente pelos seus atrativos culturais e pelos grandes resultados econômicos que tem alcançado ao longo dos últimos anos, é repleta de fatos curiosos que justificam o perfil do povo mossoroense, que consegue crescer nas dificuldades e superar as barreiras, buscando sempre dias melhores. Desde o início demos demonstrações de que somos diferentes, de que conseguimos avançar no tempo. SOMOS GUERREIROSA nossa origem nos remete aos índios Monxorós, cujo perfil descrito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o seguinte: tinham estatura baixa, eram bastante ágeis, o formato da cabeça era achatado e, o principal, eram hábeis guerreiros e silenciosos. Segundo estudos do pesquisador potiguar Luiz Câmara Cascudo, citado pelo IBGE, as primeiras penetrações na área do que hoje é o município de Mossoró teriam ocorrido por volta de 1. Cartas e documentos da época falavam sobre o encontro de salinas, que foram exploradas pelos holandeses Gedeon Morris de Jonge e Elbert Smiente até 1. NOSSA FORMAÇÃOO distrito de Mossoró foi criado em 2. IBGE, através da resolução provincial de número 8. Site de noticias do cotidiano brasileiro, com ênfase à região nordeste do pais. O termo Cangaço é proveniente de canga, uma peça de madeira utilizada em pescoços de boi para transporte. Como os chamados cangaceiros tinham que carregar todos. Em março de 1. 85. Virou cidade somente em 9 de novembro de 1. Até alcançar a atual formação, com aproximadamente três mil quilômetros quadrados, Mossoró passou por diversas mudanças, incorporando e desmembrando territórios. Foi assim com a área que hoje é as cidades de Assu, Governador Dix- Sept Rosado, Baraúna etc. ABOLIÇÃO DOS ESCRAVOSO dia 3. Desde 1. 3 de setembro de 1. Hoje, 3. 0 de setembro é dia de muita festa. Diferente dos outros municípios brasileiros, Mossoró foi pioneira na libertação. Todo o processo foi concluído cinco anos antes que o restante do país fosse contemplado através da chamada Lei Áurea, que decretou a ilegalidade da escravidão no território nacional. De acordo com os documentos históricos, o povo mossoroense foi o primeiro, entre os norte- rio- grandenses, a fazer campanhas sistemáticas pela liberação dos seus escravos. Em 1. 84. 8, o deputado geral pelo RN, Casimiro José de Morais Sarmento, falou durante sessão sobre os benefícios que seriam alcançados com a transformação dos escravos em trabalhadores livres: "Concorda em que o trabalho do escravo não é necessário. LAMPIÃO: ARTIGOS LAMPIÃO AUTORES INSTRUMENTOS MARIA BONITA MÚSICAS: Documentário: Vida de Lampião. Proveniente de Serra Talhada, no Pernambuco, não se sabe ao certo a data de nascimento de Virgulino Ferreira da Silva. Pesquisadores apontam datas diferentes em. Northeast Region Região Nordeste; Region: Location of Northeast Region in Brazil: Coordinates: Coordinates: Country: Brazil: Largest cities: Recife (by metro pop.). Eita! concordo e tenho mais opcoes sobre lampiao, vejo diferente no aspctos de uma traicão por parte de lampiao que poderia entregar seus comparças a volante. Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita (Paulo Afonso, [4] 8 de março de 1911 [1] — 28 de julho de 1938) companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Banco de questÕes objetivas e discursivas de vestibular com gabarito sobre a repÚblica velha (1889/1930). Histórias sobre cangaceiro ainda assustam os nordestinos. Pesquisador conta quais foram os fatos que fizeram a fama de mau do rei do cangaço. O medo provocado pela. No Rio Grande do Norte há poucos escravos, e quase toda a agricultura é feita por braços livres. Conhece muitos senhores de engenho que não têm senão quatro ou cinco escravos, entretanto que têm 2. Disto se convenceu o orador quando ali foi presidente, porque em consequência de elevar o salário a 4. Os registros históricos mostram que não éramos uma cidade escravocata. Em 1. 86. 2, tínhamos apenas 1. Em termos percentuais, equivaliam a apenas 6,1. Essa falta de vocação escravista se deu pela falta de engenhos, onde geralmente os escravos eram empregados. Tínhamos mais criações de gado. Mesmo assim, fomos pioneiros no movimento libertário. Mas isso tem uma justificativa. O ano de 1. 87. 7 foi terrível para a região nordeste, com uma seca devastadora que durou até meados de 1. Houve um êxodo em massa para a região litorânea, na fuga da seca. Foi nesse período que Mossoró passou a receber maior quantidade de escravos, que eram enviados pelos ricos fazendeiros como uma forma de amenizar os prejuízos trazidos pela falta de água. Assim, o comércio escravista floresceu rapidamente junto aos mossoroenses. Nesse contexto, onde a cidade passou a viver realmente a cultura da escravidão, é que foi despertado o sentimento de piedade. Ainda segundo os registros históricos, os primeiros ideais libertários surgiram no Ceará, nosso estado vizinho, em 1. Em 6 de janeiro de 1. Mossoró, a Sociedade Libertadora Mossoroense, cujo objetivo era lutar pela libertação. De acordo com os historiadores, a ideia é atribuída à Frederico Antônio de Carvalho, da Loja Maçônica de 2. A presidência provisória da entidade ficou ao encargo de Raimundo Lopes Galvão, que logo ganhou adesão de personalidades ilustres da sociedade mossoroense, naquela época, dando força ao movimento. A diretoria definitiva fica formada por: Joaquim Bezerra da Costa Mendes, como presidente; Romualdo Lopes Galvão, como vice- presidente; Frederico de Carvalho, primeiro secretário; Dr. Paulo Leitão Loureiro de Albuquerque, que exercia a função de orador. A Sociedade Libertadora Mossoroense tinha um código legal, criado com um único artigo, sem parágrafos. A norma dizia o seguinte: "todos os meios são lícitos a fim de que Mossoró liberte os seus escravos", deixando claro quais eram os objetivos daquela entidade. Nessa época, ainda de acordo com os levantamentos históricos, a cidade de Mossoró contava apenas com 8. Em 1. 0 de junho, 4. A ideia logo tomara conta de toda a população, que aos poucos foi aderindo ao movimento e, sem muita resistência, foi liberando seus escravos. Muitos mossoroenses não fizeram nem questão de receber as indenizações que foram oferecidas pelo governo na época, fruto do espírito libertador que havia tomado de conta dos mossoroenses, que hoje se mantém. O dia 3. 0 de setembro de 1. Os Principais Cangaceiros De LampiaoNo dia 2. 9 de setembro, o Presidente da Libertadora Mossoroense dirige a Câmara Municipal de Mossoró um ofício, agora transcrito na íntegra: Ilustríssimos Senhores Presidente e Vereadores da Câmara Municipal. A Sociedade Libertadora Mossoroense, por seu Presidente abaixo assinado, tem a honra de participar a V. Sªs que, amanhã, 3. Liberdade em Mossoró. E, pois, cumpre- me o grato dever de convidar V. Sªs e seus respectivos colegas, representantes do Município, para que se dignem de tomar parte nessa festa patriótica que marcará o dia mais augusto da cidade e do município de Mossoró. A emancipação mossoroense é obra exclusiva dos filhos do povo; a esmola oficial não entrou cá. Sua Majestade, o Imperador, quando lhe comunicamos a próxima libertação do nosso território, foi servido de enviar a dizer- nos pelo Senhor Lafayette, Presidente do Conselho de Ministros, que nos agradecia. A libertação está feita e ninguém apagará da história a notícia do nosso nome. Os mossoroenses são dignos de ser olhados com admiração e respeito hoje e daqui a muito tempo, por cima dos séculos. A Sociedade Libertadora mossoroense se congratula com V. Sªs por tão fautoso acontecimento. Deus guarde a V. Sªs Ilustríssimo Senhor Romualdo Lopes Galvão, digno Presidente da Câmara Municipal desta cidade de Mossoró. O Presidente Joaquim Bezerra da Costa Mendes. Sala das Sessões da Sociedade Libertadora Mossoroense, 2. O histórico 3. 0 de setembro de 1. A cidade amanheceu em festa. Ao meio- dia, a Sociedade Libertadora Mossoroense se reúne na Câmara Municipal (hoje funciona o Museu Histórico Lauro Escóssia). O Presidente da Sociedade, Joaquim Bezerra da Costa Mendes, abre a memorável sessão, que começa com a leitura de diversas cartas de alforria dos últimos escravos de Mossoró. Feita a liberação oficial, Joaquim declarou: “livre o município de Mossoró da mancha negra da escravidão”. Na cidade foi criado o Clube dos Spartacos, que era composto, em sua maioria, por ex- escravos, tendo sido eleito para presidente o liberto Rafael Mossoroense da Glória. Ainda de acordo com as pesquisas históricas, o objetivo desta entidade era dar abrigo e amparo aos novos trabalhadores livres, tanto aqueles que já eram da terra, quanto àqueles que vinham para cá. Mossoró, oficialmente livre da escravidão, logo passou a ser procurada por escravos que conseguiam fugir de outras regiões. O pessoal da Spartacos assumiu o papel de troca de choque dos abolicionistas, lutando para que os escravos não voltassem aos seus donos. Esse “problema” foi gerado devido à antecipação do povo mossoroense, que não esperou pelo decreto nacional, assinado pela Princesa Isabel, libertando os escravos do Brasil. Por aqui, a escravidão já havia acabado cinco anos antes quando o resto do país foi atingido. O MONTIM DAS MULHERESEsse é outro capítulo da história que orgulha o povo mossoroense. O dia 4 de setembro de 1. XIX) foi marcado pela luta de um grupo de mulheres que resolveram quebrar todos os paradigmas de uma época dominada pelo patriarcalismo, fazendo história. De acordo com os historiadores, o movimento foi realizado por aproximadamente 3. A luta tinha um objetivo: evitar que seus filhos e maridos fossem levados para a guerra, cujo alistamento era obrigatório em todo o país. Estranhamente, aquelas 3. Elas foram até o Cartório Militar da cidade e rasgaram as fichas de alistamento. Nas ruas, fizeram um grande desfile para protestar. Ainda segundo os documentos históricos, na Praça da Redenção, aquelas mães e esposas foram dispostas até mesmo a enfrentar a polícia, que havia sido mandada para conter o movimento. Contra a força policial do estado, elas usaram seus utensílios domésticos. Além das colheres, panelas etc., elas carregava consigo uma determinação inexplicável (a quem diga que aquele sentimento só pode ser compreendido por outra mãe). O resultado de tanta determinação não poderia ser outra: elas triunfaram. Conseguiram fazer com que o governo desistisse de levar seus filhos e maridos, apesar de ser obrigatório para todos. VOTO FEMININOHoje, o voto é um direito que todo o cidadão brasileiro tem, independente de cor, raça, sexo, condição financeira. Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que apenas uma pequena parcela da sociedade podia escolher seus representantes e as mulheres não tinham esse direito, fruto de uma sociedade patriarcalista, que colocava o homem acima da mulher. Coube à professora natalense Celina Guimarães Viana o feito de ser a primeira mulher a votar em todo o Brasil. O palco dessa conquista pela igualdade de direitos, em 1. XX), foi justamente a cidade de Mossoró, que mais uma vez saiu na frente e demonstrou todo o seu pioneirismo, já evidenciado com a libertação dos escravos e o Montim das Mulheres. De acordo com os pesquisadores, a cidade de Mossoró entrou para a história não só do Brasil, como a primeira a ter voto feminino, mas mundialmente. Naquele período, muitas outras nações não admitiam tamanha “ousadia”.
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August 2017
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